domingo, 24 de abril de 2011

Les Amours Imaginaires


(Amores imaginários) Por Xavier Dolan, o filme é Canadense (Francês) Lançado em 2010. Dois amigos se apaixonam pela mesma pessoa desenvolvendo, ambos, uma obsessão pelo mesmo. Com uma direção invejável e certamente marcante como estilo do diretor, há cenas que envolvem, enquanto esta história central, depoimentos de outras pessoas que apresentam também sintomas de obsessão. Por exemplo, uma delas está totalmente enlouquecida por uma pessoa que apenas troca, raramente, e-mails com ela. O filme é brilhante e eu gostei muito, por isto cá estou, indicando à todos :) O filme recebeu indicação de Melhor filme estrangeiro do CÉSAR, em 2011. E claro, claro como poderia me esquecer! A trilha sonora… Eu preciso urgentemente baixá-la. 
  • Elenco:
  • Xavier Dolan (Francis)
  • Niels Schneider (Nicolas)
  • Monia Chokri (Marie)
  • Com uma participação rápida de Louis Garrel.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O escafandro e a borboleta




Lançamento: 2007 (França) (EUA)
Direção: Julian Schnabel

Vamos agora conversar sobre um dos melhores filmes que já assisti. Pois garanto a quem for que não se arrependerá se assisti-lo. Tenho assim dito!
Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem 43 anos, é editor da revista Elle. Inesperadamente, sofre de um derrame cerebral. E logo após acorda, lúcido mas apenas com o poder do movimento de seu olho esquerdo. Uma enfermeira que lhe ajuda, tomando uma maior paciência por este editor, o ajuda com um meio de se comunicarem: A cada piscada, representaria uma letra do alfabeto que ela teria ditado em sequencia. E assim, Jean descobre que ainda lhe resta uma das coisas mais importantes da vida (a quem ele próprio achava que tinha conhecimento de seu significado): sua imaginação e força de expressão. E o acidente lhe mostra, uma outra visão do mundo em sua volta... Uma reflexão que deveríamos fazer a nós mesmos: Não desperdice uma borboleta no meio a tanto escafandro.

4 indicações ao Oscar, 2 Globos de Ouro. Ganhou o BAFTA de Melhor Roteiro Adaptado, além de ser indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Recebeu 7 indicações ao César. Ganhou os prêmios de Melhor Diretor e o Grande Prêmio Técnico, no Festival de Cannes.

Deborah V.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Almodóvar


O primeiro filme de Alomodóvar que vi fora “Má educação” na inocência do conhecimento do diretor desta película. Provocante, como qualquer filme deste: Almodóvar tornou o cinema espanhol mais aclamado desde a morte de Franco.
Má educação” (2004) acontece em torno de um padre, professor de literatura, que molesta seu aluno por ter prometido não expulsar seu amado Enrique. 
Forte, um escândalo! Mas genial.
Hoje, graças a este diretor, é possível fazer um filme como “A lei do desejo (1987)”, que, apesar do erotismo homossexual, se tornou modelo do novo cinema espanhol.
Tudo sobre minha mãe (1999) é inesquecível a quem assistir. Ele, como de perceptiva intenção sua, deixa o filme em um ponto de realismo inacreditável.
Penélope Cruz, que participa da maioria de seus filmes, está neste maravilhoso espetáculo. Em poucas cenas, como uma freira, mas nunca fora de atenção ao público.
Fale com ela (2002) é uma visão de amor que difere qualquer padrão. Entre um jovem, apaixonado, por sua paciente em coma.
Sua mais nova obra, “Abraços partidos” é formidável. Com, mais uma vez, Penélope Cruz em uma performance sem descrições. Digo que, é preciso ver a crer!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Alice in Wonderland

Já assisti duas vezes minha querida Alice de Tim Burton e compartilharei com vocês cada detalhe que observei no filme. É surpreendente como ele conseguiu entender cada personagem e os misturarem ao seu estilo psicodélico... Assustador. Só conheci quem gostou muito, ou não gostou; pessoalmente, estas não compreenderam. Recomendo que antes de vê-lo, leiam “Alice no país das maravilhas” e “Alice através do espelho” Pois há detalhes no filme que só quem leu os livros entenderão. Como por exemplo, o fato dela dizer que seu pai pensava em 3 coisas impossíveis antes de dormir, este está no livro “Através do espelho” e não era seu pai quem dizia, mas sim a Duquesa se não me falha a memória. O sobrenome verdadeiro de Alice é “Liddell” no livro de Lewis Carroll e não sei se ela especula ser outro no filme para nos confundirmos se ela é a “verdadeira” Alice de volta ao país das maravilhas. E o gato... O gato solta uma piadinha básica, que não consta no livro, mas que era típico de ser dito por ele, foi aí que percebi como Tim Burton estava dentro dos personagens. E o fato dele colocar seu toque... Até mesmo nos mais sutis personagens, como a rainha branca. Anne Heartway conseguiu transformar sua personagem em uma pessoa “boazinha” de uma forma engraçada, e ao mesmo tempo em que desse algum medo... Pois apesar de tudo, o batom e as unhas eram pretas. Eu não quero falar mais nada... Para não estragar a surpresa àqueles que ainda não tiveram a oportunidade de assistir, só digo que vale a pena! E que é algo novo ao estilo de Alice, não vão com uma expectativa do infantil da Disney, pois não é. Alice de Tim Burton não é infantil. E outra coisa, para aqueles que acham que deverão assistir apenas em 3D, não é preciso. O único filme que vale a pena assistir em 3D dos que vi até agora, foi Avatar. Mas Alice... Não é preciso, é belíssimo, mas não precisa ser visto em 3D.


Deborah V.


domingo, 25 de abril de 2010

Sid & Nancy- Love Kills




A locadora perto de onde moro, decidiu vender todos os filmes... E o que eu acho? “Sid & Nancy- Love kills” Há tempos, principalmente em minha época “Just Punk Rock” procurava por este, e só tinha então visto partes. Mas vamos deixar de conversa, a questão é que eu preciso comentar sobre ele! De Alex Cox, o filme venceu o prêmio da crítica da 10ª mostra internacional de cinema de são Paulo em 1986 com o excelente ator Gary Oldman (Perdidos no espaço) no papel de Sid.
É impressionante como conseguiram ser tão bem representados para um “cover”. Nancy e Sid, baixista do Sex Pistols, se apaixonam profundamente e Sid por envolvimento exagerado, acaba se desfazendo da banda, ela simplesmente... O destrói de amor. Ao chegar um ponto, em que ele não consegue se relacionar com mais ninguém a não ser com ela e sua amante heroína.
É inimaginável, o que Sid viu em Nancy. Ela não tem sequer nenhum autocontrole, apenas viciada, e feia hein. Mas o amor... Ah, o amor é curioso. Entretanto, adoro Sid, por sua atitude... De não estar nem aí para nada, e mandar um “Fuck off” a quem não gostar do que ele faz.
Ah! E John Rotten, o vocalista: É apaixonável. Enfim... Eu recomendo, só não aqueles que curtem "Gatinha Manhosa" a "Aviões do forró".

Deborah V.


sábado, 24 de abril de 2010

Jogos nem um pouco engraçados..

Hoje eu tava aqui, pesquisando umas coisas no Google e eu encontrei um poster de um filme que eu assisti e simplesmente tinha que vir comentar. O filme Violência Gratuira (Funny Games U.S. 2007) tem direção de Michael Haneke, e é produzido e estrelado pelo meu queridinho Michael Pitt (que estrelou em Os Sonhadores), Naomi Watts (que também produz o filme) e feras do cinema americano como o ator Tim Roth. Com uma estética de ultraviolência, o filme me lembrou e muito o Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, em que os jovens eram simplesmente crueis e frios ao extremo.

     

O filme todo se passa durante o cativeiro da família de Naomi Watts, a coitadinha. Os dois jovens, que surgem do nada, começam inocente e simpáticos, muito educados. Mas ao longos do filme, por causa de uma desavença e falta de comunicação, os jovens perturbados começam a torturar a família, eliminando um a um. Pode soar meio cruel, mas eu achei o filme fantástico. Ele simplesmente te deixa na expectativa...e o mais incrível ainda é que ele não termina nem um pouco com um final comum.


  
      Daniel Corbet e Michael Pitt fazem papel dos vilões.

Então, fica aqui a dica pro final de semana, chuvoso ou não: Funny Games U.S. com Michael Pitt, Tim Roth e Naomi Watts. Genial, arrepiante, e muito, mas muito saboroso. Sem falar que é um alívio finalmente ver um filme que tenha um final surpreendente!


Deborah P.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O meu herói

Quem aqui nunca teve um herói? Batman, por ser um morcego da noite, que não precisa de superpoderes para salvar a pecaminosa Gothan, Clark Kent cujo disfarce é de um humilde e bonitão jornalista, e  atividades extras é fugir de kriptonita e salvar o dia, dentre tantos e tantos super-heróis peculiares que roteiristas do mundo inteiro criaram.
Mas o meu super herói pessoal não tem super poderes. Meu herói tem um nariz disproporcional ao rosto, tem cabelo branco, não tem a melhor musculatura e muito menos beleza avantajada. Meu super herói tem o dom das palavras, tem um humor ácido e se casou com uma de suas filhas adotivas.
Ladies and Gentlemans, lhes apresento: Woody Allen.


Ele pode não ter uma estrutura óssea boa, mas quem disse que isso é o que faz nossos heróis? Sua sagacidade, as palavras cruas, e aquele apaixonado conjunto de palavras usadas no roteiro de Manhattan (1979) , onde Allen contracena com Mariel Hemingway e a conhecidérrima Diane Keaton fizeram meus olhos se encherem de lágrimas e meu coração de Allen. O preto e branco deixou o filme mais apaixonante ainda, e aqueles típicos diálogos do diretor/ator deixava tudo mais incrível. Dirigiu alguns filmes que marcaram sua história como 'Dirigindo no Escuro', 'Trapaceiros', 'Sonhos Eróticos Numa Noite de Verão', 'Match Point' e, o último sucesso do cara, 'Vicky Cristina Barcelona', onde a belíssima Scarlett Johansson contracena com a musa de Almodóvar, Penélope Cruz.
Mas é claro que eu precisava testar o meu herói mais uma vez, então resolvi parar numa Livraria e comprar um exemplar de 'Que Loucura!' do cara. Humor fino, requintado, picante. Contos com intrigas e amor, onde tudo isso é motivo de uma piada infâme de meu herói. Mais um ponto pra ele.
Mas a verdade é, apesar de ser um gênio ao escrever roteiros e contos, ele é complexo. E ao mesmo tempo que complexo, simples demais. Mora em um bairro de classe média, vive sua vida pacata, ao mesmo tempo em que tem um currículo estrelar, de causar inveja. E apesar de anos e mais anos na estrada, com sua excentricidade, ele sempre permaneceu o mesmo.
Um brinde ao meu herói, tão querido e ácido, Woody Allen.


Deborah P.